O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, declarou que eventuais problemas decorrentes de uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a concentração de poderes na Câmara não impedirão a votação do novo arcabouço fiscal na semana seguinte. Lira classificou a declaração de Haddad como “inapropriada”, embora tenha afirmado que as relações entre o governo e os deputados permanecerão.

Apesar das divergências, Lira reiterou o compromisso de realizar a votação do projeto na próxima terça-feira (22). Ele destacou que a fala de Haddad não afetará o processo.

Haddad havia mencionado que a Câmara estava com um poder excessivo, mas posteriormente se corrigiu, esclarecendo que sua intenção não era criticar Lira. Isso levou ao cancelamento de uma reunião que discutiria a votação do arcabouço fiscal entre Lira, Haddad, membros da equipe econômica e líderes partidários.

Apesar do contratempo, o relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado, anunciou a remarcação do encontro para a próxima segunda-feira (21), enquanto Lira afirmou que o projeto sofreu “modificações sérias” no Senado, mas a votação ocorrerá na próxima semana conforme programado.

Lira reafirmou que o diálogo com o governo continua e que não há interesse em aumentar as tensões. Ele também negou que a votação do arcabouço esteja relacionada a uma reforma ministerial.

Lira destacou a responsabilidade da Câmara e informou que a votação do novo arcabouço fiscal deverá ocorrer na próxima terça-feira, após a resolução de questões técnicas sobre a modificação do período de cálculo da inflação oficial. Ele reiterou o compromisso da Câmara em tratar de questões essenciais de forma consistente.

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