Nesta quinta-feira, o governador João Azevêdo Lins fez declarações contundentes em relação ao debate sobre a possível descriminalização do porte de pequenas quantidades de maconha para uso pessoal, que está sendo avaliado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O governador expressou suas preocupações quanto a essa questão sensível, argumentando que a sociedade como um todo deve se posicionar e refletir profundamente sobre os desdobramentos dessa decisão.
Em suas declarações, João Azevêdo destacou que a discussão sobre drogas vai além do aspecto legal, abrangendo considerações sociais e de saúde pública. Ele levantou um questionamento pertinente: ao se permitir o porte de uma pequena quantidade de maconha para consumo próprio, estaria se abrindo a porta para um possível aumento no consumo de substâncias entorpecentes. “Como posição pessoal, a questão das drogas precisa ser analisada sob vários prismas”, ressaltou o governador.
Uma das principais inquietações do governador é o potencial efeito cascata que tal medida poderia desencadear. A preocupação é que o uso de uma quantidade aparentemente insignificante de maconha possa ser o ponto de partida para um caminho perigoso e sem retorno no mundo das drogas. João Azevêdo questionou a garantia de que aqueles que consomem uma quantidade específica permanecerão limitados a ela, sem buscar substâncias mais pesadas. “Acho um primeiro passo perigoso para nossos jovens. Passo que pode descambar para o uso de entorpecentes mais pesados”, afirmou o gestor estadual.
O posicionamento firme do governador lança luz sobre um debate complexo que envolve não apenas a esfera legal, mas também a proteção e o bem-estar dos jovens e da sociedade como um todo. Enquanto o STF analisa essa questão delicada, as palavras de João Azevêdo ressoam como um lembrete de que a tomada de decisões relacionadas às políticas de drogas requer uma análise cuidadosa e uma consideração abrangente dos possíveis impactos sociais e de saúde pública.