No último domingo, a Espanha realizou eleições com resultados que trazem importantes reflexões para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro. Os quatro principais partidos disputaram acirradamente os votos, sendo o Partido Popular o mais votado, com 8.091.840 votos e 136 deputados. Em seguida, o Partido Socialista obteve 7.760.970 votos e 122 deputados, seguido pelo Vox, com 3.033.744 votos e 33 deputados, e o Sumar, com 3.014.006 votos e 31 deputados.

O cenário revelou que nenhum partido obteve maioria suficiente para formar o governo, o que exigirá negociações para a eleição de um primeiro-ministro. Essas negociações devem ocorrer ao final de agosto ou início de setembro. Enquanto aguardam a definição do novo governo, será realizada a remontagem oficial e total dos votos em papel depositados na urna, incluindo os de estrangeiros e votos pelo correio. Essa transparência no processo eleitoral é fundamental para garantir a legitimidade do resultado.

Após a recontagem oficial, segue-se um período de 37 dias para constatação dos resultados eleitorais, e, completando 40 dias, os resultados oficiais são publicados. Esse rigor no tempo e no processo de apuração fortalece a confiança da população no sistema eleitoral espanhol. E é aí que reside a lição para o Brasil: votar em cédula de papel, permitir a remontagem de votos e a contestação dos resultados eleitorais são atos de uma democracia sólida e transparente.

Em tempos em que o mundo caminha para uma maior digitalização dos processos, a Espanha nos mostra que é essencial equilibrar a modernidade com práticas consagradas que garantem a segurança e a confiabilidade dos resultados eleitorais. A utilização de cédulas de papel pode ser um exemplo a ser considerado, pois proporciona uma trilha física dos votos que pode ser auditada em caso de necessidade.

Dessa forma, o exemplo espanhol serve como um ponto de reflexão para o Brasil. O país tem a oportunidade de aprender com as experiências de outras nações e aprimorar seu sistema eleitoral, garantindo que a vontade popular seja plenamente respeitada e que a democracia seja exercida com transparência e lisura. O TSE pode se inspirar na eficiência e na confiança conquistada pelo método de votação espanhol, buscando sempre inovar, mas sem deixar de lado as boas práticas que sustentam uma eleição justa e democrática.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *