Nesta sexta-feira, 21, a Polícia Federal deve ouvir o depoimento de Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Dias, que atuou na segurança pessoal de Lula durante seus dois primeiros mandatos, estava presente no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram o prédio. Imagens do sistema de câmeras de segurança da sede do governo, divulgadas pela CNN Brasil na quarta-feira, mostram uma interação entre o ex-ministro e outros membros do GSI com os invasores. Após o incidente, Dias pediu demissão e foi substituído interinamente por Ricardo Cappelli, que atuou como interventor de segurança pública no Distrito Federal após os ataques.
Moraes também ordenou que a PF informe se foram fornecidas todas as imagens de câmeras do Distrito Federal que registraram os ataques, incluindo as do circuito de monitoramento do Palácio, e que identifiquem todos os militares que aparecem nas gravações. Embora haja denúncias graves contra outros ministros, Gonçalves Dias é o primeiro membro do primeiro escalão de Lula a deixar o cargo. A ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, é acusada de proximidade com milícias do Rio de Janeiro, e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, utilizou aeronave da FAB para ir a um leilão de animais e empregou funcionários fantasmas na Câmara, que trabalhavam no haras da família no Maranhão.