Descobertas recentes indicam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está em busca de executar políticos e autoridades brasileiras em um ataque que promete abalar o país. A lista negra da facção criminosa inclui nomes como o senador Sergio Moro (União-PR), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ex-secretário de Administração Penitenciária Lourival Gomes, o deputado federal Coronel Telhada (PP-SP), o diretor de presídios Roberto Medina e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
A descoberta dessa lista é o mais recente desenvolvimento em uma série de eventos que incluem a recente tentativa fracassada do PCC de resgatar Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, da prisão. Após o fracasso da operação, a facção decidiu mudar seu plano e começou a se preparar para assassinar políticos em quatro estados brasileiros: Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
O plano contra o senador Sergio Moro foi descoberto pela Polícia Federal no ano passado, durante a sua campanha para o Senado. O promotor Lincoln Gakiya revelou os detalhes da operação em uma entrevista, na qual ele explicou que levou uma testemunha protegida para depor, e que ele e o procurador-geral de Justiça, Mário Sarubbo, levaram o caso ao conhecimento de Moro. A PF de Curitiba instaurou um inquérito policial em setembro do ano passado.
Além de Moro, outras autoridades também estão na mira do PCC, incluindo Gakiya, que já havia sido alvo da facção em 2013. Na época, policiais apreenderam uma carta na Penitenciária II de Presidente Venceslau (SP), na qual os criminosos ordenavam o assassinato do promotor. O diretor de presídios Roberto Medina também está na lista, com a facção afirmando que já possui o carro e horário dele para realizar o ataque.
A lista do PCC também inclui Lourival Gomes e Coronel Telhada, que já haviam sido alvo da facção em 2013. Na ocasião, os bandidos atiraram 11 vezes contra o policial Telhada, que conseguiu escapar. Três anos depois, em 2016, o promotor Lincoln Gakiya obteve provas de que o PCC tinha a intenção de matar Geraldo Alckmin, que na época era governador de São Paulo. Interceptações telefônicas mostraram que a facção tentava assassinar o político desde 2011.